quinta-feira, 15 de abril de 2010

Alberto Franco relata visita da Comissão de Educação à biblioteca

O deputado Alberto Franco (PMDB) relatou da tribuna da Assembleia Legislativa a visita que a Comissão de Educação da Casa, sob a sua presidência, fez sexta-feira passada à Biblioteca Pública Benedito Leite. Segundo ele, o prédio precisava ser fechado porque ameaçava desabar.

“Íamos mostrar aos deputados desta Casa e a sociedade aqui representada pelos senhores que compõem a galeria, em áudio e vídeo, o relatório da nossa visita à Biblioteca Pública. Mas como nosso telão está com problemas, vamos fazer alguns comentários”, informou.
Ressaltando que às vezes sua atuação incomodou nas comissões que presidiu na Casa, Alberto Franco disse que quando assumiu a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia a primeira providência foi visitar a Biblioteca Benedito Leite. “Mas não por oportunismo, como escreveu meu nobre amigo jornalista Luís Cardoso em seu blog”, esclareceu.

O deputado informou que a situação da biblioteca é um problema que vem se arrastando há algum tempo. No governo José Reinaldo a Benedito Leite não fechou em nenhum momento, apesar dos problemas de engenharia, hidráulicos e elétricos. “A situação se agravou no Governo Jackson e quando formos apresentar o relatório vamos provar com os documentos do Corpo de Bombeiros, do Crea, da Defesa Civil, que a biblioteca fechou porque tinha que fechar, senão ia desabar em cima das pessoas como já estava acontecendo”, esclareceu.
Alberto Franco acrescentou que, por requerimento de sua autoria, foi criada uma comissão especial de deputados para verificar in loco a situação da Benedito Leite. “Nós recebemos da atual diretora da biblioteca os documentos informando que o prédio foi fechado dia 29 devido à situação crítica das instalações física, elétrica e hidráulica”, informou.

Segundo o deputado, dia 13 de fevereiro de 2009 a Coordenadoria de Ensino da Defesa Civil enviou relatório técnico à Secretaria de Estado da Cultura sobre o estado de conservação da Biblioteca Benedito Leite, apontando o risco a que os usuários e funcionários estavam submetidos. E como não houve nenhuma providência, dia 20 de abril do ano passado ocorreu o desabamento de uma parte do reboco de cimento do prédio anexo, danificando um dos carros da biblioteca estacionados no pátio.
Ainda de acordo com o relato do parlamentar, com o agravamento da situação devido às fortes chuvas, foi solicitada uma nova vistoria da Defesa Civil, e no dia 27 de julho mais um relatório técnico reiterou o anterior, citando os danos do prédio. “Estão todos os documentos no anexo que eu vou encaminhar ao jornalista Luís Cardoso. Não havendo mais condições de funcionamento a Defesa Civil interditou todos os acessos”, informou.
Alberto Franco disse que em agosto de 2009 a Secretaria de Estado da Cultura providenciou a reforma do prédio junto à Secretaria de Infraestrutura, cujo projeto projeto arquitetônico já está concluído. Apesar das obras, o escritório de direitos autorais, o programa de execução e municipalização e os projetos de incentivo à leitura, assim como o atendimento à pesquisa no acervo de jornais microfilmados, estão em funcionamento no mirante do arquivo público do Maranhão, atendendo uma grande demanda de usuários desse setor.

“O secretário Luis Bulcão providenciou um prédio na Rua do Sol para onde será transferida parte do acervo mais solicitado, atendendo assim uma grande camada de usuários. Dessa forma estamos aguardando as providências da Secretaria de Infraestrutura no sentido de realizar a licitação para dar início a necessária reforma e tão logo podermos normalizar o funcionamento da nossa Biblioteca Benedito Leite”, enfatizou Alberto Franco.
“Então, o objetivo da comissão não é buscar culpados. A nossa preocupação é fazer com que a governadora Roseana Sarney possa determinar a imediata recuperação e reforma da Biblioteca Benedito Leite, porque além de enfear o centro histórico, na situação em que está o prédio causa um prejuízo imensurável aos estudantes, pesquisadores e cientistas, pois ali estão registradas as mais importantes passagens da história do Maranhão, inclusive da imprensa do nosso estado”, concluiu ele, propondo que o governo busque parceiros na iniciativa privada para realizar a obra.

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